No sábado, 5 de outubro passado, realizou-se a caminhada
pela vida. Foi aliás a 4.ª caminhada já organizada pela Federação Portuguesa
pela Vida com o propósito de defender a vida em todas as suas dimensões desde a
conceção à morte natural.
Mas parece que nada aconteceu. Se aquilo que passou na
comunicação social foi o que aconteceu as cerca de 1000 ou 2000 pessoas que
desceram a avenida e encheram o rossio não existiram.
Os telejornais noticiaram as 20 (!) pessoas do movimento “Que
se lixe a troika” que estiveram a fazer barulho na Praça do Município, mas nada
falaram da Caminhada pela Vida.
Falaram extensivamente de um fulano que deu uma palmada no
carro onde seguia Passos Coelho, mas da
Caminhada pela Vida, nada.
Falaram da manifestação de apoio aos bombeiros que (com
justiça) juntou cerca de 100 pessoas a homenagear os bombeiros, mas da Caminhada
pela Vida nada!
Isto para não falar de futebol, ou dos crimes de faca e
alguidar que dominam o nosso espectro noticioso.
A caminhada este ano associou-se ainda à campanha de recolha
de assinaturas para a petição One of Us que
visa angariar assinaturas para que a União Europeia crie um regime de "proteção
jurídica da dignidade, do direito à vida e da integridade de cada ser humano
desde a conceção nas áreas de competência da União Europeia nas quais tal
proteção se afigure relevante". São necessárias pelo menos 1 milhão de
assinaturas e objetivo está praticamente cumprido. Mas disto pouco se sabe.
Há um silêncio confrangedor quebrado apenas pela Rádio
Renascença, pela agência Ecclesia
e por bloggers* o que diz muito sobre a pretensa independência do nosso
jornalismo. Isto é grave num estado que se quer chamar de direito democrático.
É muito muito grave!
*Recomendo:
O problema é que são muito soft.
ResponderEliminarEnquanto não arranjarem confusão com a polícia não aparecem nos media.
Pois também me quer parecer que sim. À parte de uma certa simpatia por certos movimentos (em detrimento de outros!) o que a nossa comunicação social gosta mesmo é da confusão.
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