Estas declarações são gravíssimas e abalam gravemente o princípio da separação de poderes, um princípio basilar de Estado de Direito democrático e são uma perigosa ingerência no poder judicial.
Aquelas
declarações não são um mero deslize ou “declaração infeliz”, como Passos Coelho
apelidou, são algo muito grave que num País decente impediriam a continuação
desse Ministro no cargo.
Há
que ter noção clara das coisas. Um Ministro que diz isto, seja em que contexto
for, passa a mensagem de que tudo é suscetível de influência, seja uma decisão
governamental, judicial, privada ou qualquer outra. A sombra que vai pairar a partir e hoje sobre a justiça Portuguesa é (injustamente?) a de que a mesma é totalmente permeável a interesses políticos, sociais ou económicos. Rui Machete já não vai conseguir apagar esta mancha, por isso só há uma solução “Obviamente demita-se”. Só assim se poderá garantir que alguma réstia de dignidade ainda existe. Quanto à mancha, ao menos que sirva para bradar aos ouvidos de toda a gente a confusão que para aí vai.
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