Em traços largos o que aconteceu
foi o seguinte. Um diretor responsável pela gestão de clientes de uma
instituição financeira terá participado em 2005 numas reuniões com assessores
do Governo Português. Nessas reuniões foram apresentados alguns produtos
financeiros, de entre os quais os contratos swap. Curiosamente, tais, contratos
propostos nunca chegaram a ser fechados entre a tal instituição financeira e o
Estado Português (foram outros não estes).
Se a história é só esta – e em
política esta é provavelmente apenas uma parte da história – um secretário de
Estado foi forçado a demitir-se por, no exercício da sua profissão, ter
proposto produtos financeiros ao Estado Português.
Vamos lá ver! O papel de um banco
privado, como o de qualquer outra empresa privada, é – Voilá! – o de fazer
negócio. E o negócio faz-se assinando contratos. E para se fazer negócio é
preciso fazer apresentações a potenciais clientes. Mais a mais, se em Portugal,
quem mais contrata é o Estado Português, é quase inevitável que em algum
momento (por mais privado que se seja) se negoceie com o Estado Português.
Descolando definitavemente do caso acima referido, cada vez mais se escancara a porta à glorificação daqueles que preteriram a atividade
profissional e optaram única e exclusivamente pela carreira política.
E faz tanta falta a visão do
mundo aos nossos políticos!
Que o gajo foi mal escolhido parece obvio. Aparte disso e de ser tambem evidente que o produto que procurava vender era no mínimo pouco ético, o fundamental da questão é que o produto que se pretendia vender era o tipo de produtos que os governos procuravam nessa altura.
ResponderEliminarFinanciamento que passava ao lado da contabilidade era coisa para fazer esbugalhar os olhos a qq min das finanças da altura.
Felizmente (esperemos!) esse modus operandis tb é coisa do passado.